terça-feira, 21 de maio de 2013

Choro de cego


Tão ocupado
Que não percebeu ao seu lado
Um rosto calado
Deitado no chão

Sem esboçar reação

Olhar deprimente
Só olha pra frente
Não se mistura com a plebe
Não percebe
Que sua atitude o força
A mergulhar de cabeça na fossa
De merda criada
Em sua teoria furada

Se prende ao comum
É apenas mais um
Não pensa além
Não sabe a força que tem

"Quanto isso vale?"
Não percebe o detalhe

Olha mas não enxerga
Se envolve mas não se apega

Só vai saber o real valor
Quando aprender pela dor
Não adianta conhecer tantas cidades
E se perder em suas futilidades

Nasceu sem dente e pelado
Mas faz pose de nariz empinado
O que adianta ter dinheiro e beleza
Se no peito ainda falta a verdadeira riqueza?

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